Por que estamos aqui? Para onde iremos?
Toda
pessoa reflexiva, de qualquer idade, alguma vez ponderou sobre estas questões.
O ser humano tem pressuposto e sinceramente acreditado possuir um vínculo com o
infinito, com uma mente superior. Acredita haver energias intangíveis, uma
inteligência psíquica que liga à causa primeira de tudo. Além disso, o homem
tem mostrado propensão a considerar a mente superior à matéria. Tem, em geral,
contestado a noção de que a totalidade da mente humana seja um subproduto da
matéria em movimento. O homem tornou-se capaz de empregar a mente para levar
forças físicas da natureza a obedecer à sua vontade. A mente tornou-o causativo em seu mundo. Conseqüentemente, pareceu coerente ao ser humano que uma inteligência
correspondente, porém superior, se encontrasse além de toda a realidade.
Parecia ilógico que o Cosmo fosse desprovido desse poder de que o próprio homem
tanto se orgulhava. Por conseguinte, o ser humano concluiu que uma Inteligência
Infinita, que tudo criara, também o impregnaria. O homem estabeleceu idéias
para si mesmo. Conduz seu organismo no sentido dessas idéias. Acredita que a
Inteligência Infinita, Cósmica, deva também ter um propósito final superior em
relação ao homem.
Porém, é difícil para este conciliar as experiências humanas com a crença num propósito divino. Não há caminhos bem definidos que conduzam a ideais concretas de felicidade. O caminho da vida é entremeado de eventos variados. Alguns abrigam o bem, outros, o mal. A sorte humana varia quase diariamente, como um cata-vento na tempestade. Milhões de homens e mulheres se têm lamuriado como o antigo filósofo Lucrécio, que dizia: “Por que trazem doenças, em sua passagem, as estações do ano? Por que a morte prematura em toda parte espreita? A criança recém-nascida enche o quarto de lamentos tristes. Bem o faz, que seu destino será andar pela vida através de numerosos infortúnios”.
Será o homem, afinal, apenas um produto de forças mecânicas do universo? Deve, ele, andar pela vida aos tropeções, tentando agarrar as saias do destino? Se há uma missão para seres como o homem, qual será? Ao buscar sua resposta, o homem busca a segurança. Necessita de uma certeza pessoal que lhe possibilite a paz de espírito. Há homens que passam pela vida como se fosse predeterminada, tal como uma bola de bilhar, rolando e desencadeando eventos à sua passagem. Esperando que em algum lugar do caminho sua bola caia na caçapa certa de jubilosa vitória na vida. Não existem certezas Cósmicas, apenas possibilidades.
Existem
fatores de miséria quanto de felicidade. Compete à mente humana determinar
valores e relações corretas. Somos nós próprios que podemos responder a
questão, “Por que estamos aqui?” A resposta está em nosso templo interior de
acordo com as parábolas gnósticas do mestre Jesus, o Cristo: “Por que o reino, está dentro de vós”
(Lucas, 17-21).
Todo iniciado, portanto, deve aprender a estabelecer um propósito sensato para sua vida. Este propósito depende do discernimento das relações que tem com o Cósmico, ou seu próprio conceito de Deus. Consiste também na descoberta dos vínculos que tem com as forças da natureza. Consiste, enfim, em aprender como estabelecer um relacionamento proveitoso com seus irmãos humanos.
O mais importante, e que deveria ser ponto de vista de todo ser humano, Deus, essa Mente Divina ou Cósmica, é sempre uma experiência pessoal transcendente e imanente, isto é, íntima. Ela assume aparência e característica de acordo com a mente finita do indivíduo. Não é possível uma definição que estabeleça a mesma configuração da consciência cósmica em todos os homens, porem, uma coisa parece ser fato. Devemos construir nosso templo interior, para irmos junto de Deus, na mesma perfeição de onde viemos.
O Domínio da Vida – Ordem RosaCruz – AMORC – www.amorc.org.br
Excelente texto, abs!
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