terça-feira, 23 de maio de 2017

Significado e Simbolismo do Sagrado Coração.


A imagem do Sagrado Coração de Jesus não é uma criação artística humana. Trata-se de uma revelação divina feita pelo próprio Jesus Cristo a Santa Margarida Maria Alacoque. Santa Margarida estava em adoração diante do Santíssimo Sacramento quando Jesus lhe apareceu. E ele apareceu da forma como o vemos nas representações do Sagrado Coração e pediu para que ela começasse a divulgar esta devoção. Portanto, em se tratando de uma imagem de origem divina, ela tem significados maravilhosos e profundos. Vamos conhecê-los.

Os símbolos do Sagrado Coração de Jesus

O primeiro símbolo que salta aos olhos nesta representação divina é o Sagrado Coração de Jesus, fora do peito, cercado de espinhos e ardendo em chamas. É uma imagem impressionante e que 'fala' muito. Vamos ver cada um desses símbolos.

O Coração de Jesus fora do peito

O Coração de Jesus fora do peito é um símbolo gritante do amor de Deus por nós. Foi por causa deste amor que Jesus deu sua vida por cada um de nós. É uma maneira de Jesus falar: 'Eu amo você. Meu coração bate forte por você.' Foi o próprio Jesus quem disse que 'Não há maior amor do que dar a vida por quem se ama'. Esta imagem é uma maneira de Jesus cristo gritar para todos nós que ele nos ama infinitamente. E ama a cada um pessoalmente, como se não houvesse mais ninguém neste mundo.

O coração de Jesus ardendo em chamas

O coração de Jesus ardendo em chamas significa que este amor está vivo e atual. Ele não está no passado, quando Jesus foi crucificado. Não. O amor de Deus está vivo hoje, agora. Ardendo em chamas significa também que este Deus é apaixonado por nós. Tanto que, por nós, entregou sua própria vida. Este fogo simboliza também o Fogo do Espírito Santo, que quer queimar a cada um de nós no seu infinito amor. Ele quer aquecer nossos corações com sua presença edificante, salvadora e amorosa.

O coração de Jesus cercado de espinhos

O coração de Jesus cercado de espinhos simboliza a nossa indiferença ao seu amor. Quando ficamos indiferentes a este amor que deu a vida por nós, nós ferimos este Coração. O amor é assim. Quando não é correspondido, sofre. Quando ficamos indiferentes ao amor de Cristo, nós pecamos. Ficar indiferentes a quem deu a vida por nós, sem dúvida, é muito triste e dói no coração de Jesus. E dói mais ainda porque Ele sabe que, ficando indiferentes a Ele, nós vamos sofrer e a vida vai ter menos sentido.

Os gestos de Jesus

A imagem do Sagrado Coração de Jesus nos mostra apontando para seu coração com a mão esquerda e convidando a nos aproximarmos através de sua mão direita. Jesus está dizendo: 'Olhe para o meu coração, olhe para o meu amor por você e venha até mim.' Foi Ele mesmo quem disse no Evangelho: "Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas". (Mateus 11,29) Quem vai a Jesus encontra repouso para alma.

As chagas de Jesus

Na imagem do sagrado Coração Jesus aparece com as chagas em suas mãos. É mais uma forma de relembrar os sofrimentos que Ele assumiu por nós quando foi pregado na cruz. É mais uma forma de Jesus falar: 'Veja como é grande o meu amor por você.' As chagas de Cristo são o símbolo triunfante do amor infinito que Ele tem por cada um de nós.

O manto vermelho de Jesus

O manto vermelho de Jesus tem dois significados. A cor vermelha nos lembra o sangue, o sofrimento e a morte do Salvador. Mas lembra também o fogo do Espírito Santo, que é o amor vivo de Deus. É o amor que quer preencher nossos corações.

A túnica branca de Jesus

A túnica branca de Jesus representa a pureza de coração de Nosso Senhor. Representa também sua divindade, bondade e santidade. Os detalhes em dourado tanto na túnica quanto no manto nos falam que Ele é uma pessoa divina, celestial.

As 12 promessas de Jesus

Ao aparecer a Santa Margarida Maria Alacoque, Jesus fez 12 promessas. São 12 bênçãos que recairão sobre todos aqueles que se tornarem devotos de seu Sagrado Coração, participarem da Missa durante nove primeiras sextas feiras de cada mês seguido, fazendo uma confissão reparadora e comungando: 1- Dar-lhes-ei todas as graças necessárias ao seu estado de vida. 2- Estabelecerei a paz nas famílias. 3- Abençoarei os lares onde for exposta e honrada a imagem do meu Sagrado Coração. 4- Hei de consolá-los em todas as dificuldades. 5- Serei o seu refugio durante a vida, e em especial durante a morte. 6- Derramarei bênçãos abundantes sobre seus empreendimentos. 7- Os pecadores encontrarão no meu Sagrado Coração, uma fonte e um oceano sem fim de misericórdia. 8- As almas tíbias (tímidas e vacilantes na fé) tornar-se-ão fervorosas. 9- As almas fervorosas ascenderão rapidamente a um estado de grande perfeição. 10- Darei aos sacerdotes o poder de tocar nos corações mais empedernidos. 11- Aqueles que propagarem esta devoção terão os seus nomes escritos no meu Sagrado Coração, e dele nunca serão apagados. 12- Prometo-vos, no excesso da misericórdia do meu Coração, que o meu Amor Todo Poderoso, concederá, a todos aqueles que comungarem na primeira sexta-feira de nove meses seguidos, a graça da penitência final; não morrerão no meu desagrado, nem sem receberem os Sacramentos. O meu divino Coração será o seu refúgio de salvação nesse derradeiro momento.

Oração ao Sagrado Coração de Jesus

'Divino Salvador que, perseguido pelos inimigos e ferido no Coração, pela tibieza de seus amigos, vos queixastes a Santa Margarida: 'Tenho procurado consoladores e não os tenho encontrado.' Aqui estou Senhor para vos consolar. Quero adorar vossa Majestade escondida, quero reparar as ofensas minhas e as dos outros. Quero amar o vosso amor desprezado e abandonado. Consagro-me inteiramente ao vosso Coração. Sede Vós somente o meu Rei. Ajudai-me Senhor, a difundir nas almas o reino do vosso Coração. Acendei a chama do vosso amor no coração dos vossos sacerdotes, para que se tornem apóstolos infatigáveis e portadores das bênçãos do vosso divino Coração. Fazei que compreendam finalmente, a honra e a obrigação que tem de Vos amar, para que unidos entre si com os laços de vossa caridade, glorifiquem todos, o vosso Divino Coração, que é para nós, fonte de vida e salvação. Divino Coração de JESUS, reinai em meu coração. Jesus, manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso!'

sábado, 13 de maio de 2017

Arcano São Francisco de Assis.

Filho de Pedro e Dona Pica Bernardone, Francisco nasceu entre 1181 e 1182, na cidade de Assis, Itália. Seu pai era um rico e próspero comerciante, que seguidamente viajava para a França, de onde trazia a maior parte de suas mercadorias.

Foi de lá também que ele trouxe sua linda e bondosa esposa, Dona Pica. Foi batizado em Santa Maria Maior (antiga catedral de São Rufino) com o nome de João (Giovanni). Mas quando Pietro Bernardone voltou de uma viagem à França, mudou de idéia e resolveu trocar o nome do filho para Francisco, prestando uma homenagem àquela terra.

Sua mãe era de origem provençal: as primeiras palavras ternas e afetuosas que o menino ouviu foram francesas. Esta língua foi gravada no seu coração: assim, afirmou o seu primeiro biógrafo, Tomás de Celano: “quando manifesta a sua alegria, canta na doce língua dos trovadores da cavalheiresca Provença”.

Segundo a maioria dos biógrafos de São Francisco, os padres de São Jorge lhe deram formação adequada e educação cristã. Mas o caráter e as qualidades melhores lhe vieram da mãe: meiga e firme, cristã fervorosa, toda dedicada à família.

Cedo, o garoto Francisco aprendeu do pai a arte do comércio que manejava com inteligência e proveito. Mas era um jovem alegre, amante da música e das festas e, com muito dinheiro para gastar, tornou-se rapidamente um ídolo entre seus companheiros. Adorava banquetes, noitadas de diversão e cantar serenatas para as belas damas de sua cidade. Enfim, Francisco era o líder da juventude de sua cidade.

O louco de Assis
De alguns recebia apoio e incentivo. De muitos, o desprezo e a zombaria. No entender da maioria, o filho de Pedro Bernardone havia perdido completamente o juízo! E não só a garotada da cidade escarnecia dele, chamando-o de louco e outros qualificativos menos nobres.

Mais de uma vez sentiu-se tentado a voltar atrás, quando chegava à porta de seus antigos amigos; mas saía vitorioso nessas lutas entre o orgulho humano e o próprio ideal. Já alguns começaram a reconhecer nele traços do futuro santo, embora ele mesmo ainda não conhecesse claramente sua vocação.

Estava já terminando a restauração da última Igrejinha da redondeza, a capelinha de Santa Maria dos Anjos (na foto abaixo) e perguntava-se o que faria depois. O que mais lhe pediria Deus? Não havia entendido ainda que a Igreja que devia restaurar não era a de pedra, mas a própria Igreja de Cristo, enfraquecida na época pelas divisões, heresias e pelo apego de seus líderes às riquezas e ao poder. Devia ser aquele o ano de 1209.

Certo dia, Francisco escutou, durante a missa, a leitura do Evangelho: tratava-se da passagem em que Cristo instruía seus Apóstolos sobre o modo de ir pelo mundo, “sem túnicas, sem bastão, sem sandálias, sem provisões, sem dinheiro no bolso …” (Lc 9,3).

Tais palavras encontraram eco em seu coração e foram para ele como intensa luz. E exclamou, cheio de alegria: “É isso precisamente o que eu quero! É isso que desejo de todo o coração!” E sem demora começou a viver, como o faria em toda a sua vida, a pura letra do Evangelho. Repetia sempre para si e, mais tarde, também para seus companheiros: “Nossa regra de vida é viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”!

O primeiro sacerdote fransicano

O exemplo de Bernardo produziu frutos. O primeiro é o sacerdote Silvestre, que exclamou comovido: “Como posso eu, sacerdote e velho, ser menos generoso que estes jovens e ricos?” E, sem mais, lançou-se com eles na aventura de viver o Evangelho. Tornou-se, assim, o primeiro sacerdote da Ordem Franciscana!

Prontamente aderiram outros: Gil, um modesto lavrador que se tornaria um grande santo; Morico, dedicado ao serviço dos leprosos; Bárbaro, futuro missionário no Oriente; Sabatino, Bernardo de Viridiante, João de Constança, Ângelo, da ilustre família dos Tancredo, aparentado com reis e príncipes; Felipe, grande pregador; e muitos outros…

Juntos, formaram um grupo de mendigos voluntários (daí o adjetivo de Ordem Mendicante dado à Ordem Francicana), que trabalhavam e rezavam, cantavam e pregavam, maravilhando o povo com a novidade do Evangelho sendo vivido diante de seus próprios olhos. Algumas choupanas cobertas de folhagem, no pitoresco vale do Rivotorto, serviam-lhes de modesto abrigo.

Oração de São Francisco de Assis

 A Oração da Paz, também denominada de Oração de São Francisco, é uma oração de origem anônima que costuma ser atribuída popularmente a São Francisco de Assis. Foi escrita no início do século XX, tendo aparecido inicialmente em 1912 num boletim espiritual em Paris, França.

Em 1916 foi impressa em Roma numa folha, em que num verso estava a oração e no outro verso da folha foi impressa uma estampa de São Francisco. Por esta associação e pelo fato de que o texto reflete muito bem o franciscanismo, esta oração começou a ser divulgada como se fosse de autoria do próprio santo.

No Brasil mais antiga versão conhecida desta oração é publicada em Anais da Câmara dos Deputados do Brasil em 1957

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.”

Para ter ainda mais proteção deste santo tão popular, tenha uma imagem dele em sua casa e dedique alguns momentos do seu dia refletindo sobre suas ações. A oração de São Francisco de Assis possui sua essência: o altruísmo. Ao emanar o bem para os outros e para o universo, recebemos de volta energia positiva, vibrações especiais e assim conseguimos conquistar nossos objetivos e viver de maneira equilibrada, tendo como o centro de nossas vidas aquele sentimento que tudo pode: o amor. Procure colocar um toque dele em tudo o que você fizer, e perceba que os resultados serão mais positivos para você e para todos que a rodeiam. Experimente este sentimento maravilhoso e veja mudanças reais acontecerem na sua frente!

 Sr. Francis - THE FOOL - Robert Place Tarot

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