Foi de lá também que ele trouxe sua linda e bondosa esposa, Dona Pica. Foi batizado em Santa Maria Maior (antiga catedral de São Rufino) com o nome de João (Giovanni). Mas quando Pietro Bernardone voltou de uma viagem à França, mudou de idéia e resolveu trocar o nome do filho para Francisco, prestando uma homenagem àquela terra.
Sua mãe era de origem provençal: as primeiras palavras ternas e afetuosas que o menino ouviu foram francesas. Esta língua foi gravada no seu coração: assim, afirmou o seu primeiro biógrafo, Tomás de Celano: “quando manifesta a sua alegria, canta na doce língua dos trovadores da cavalheiresca Provença”.
Segundo a maioria dos biógrafos de São Francisco, os padres de São Jorge lhe deram formação adequada e educação cristã. Mas o caráter e as qualidades melhores lhe vieram da mãe: meiga e firme, cristã fervorosa, toda dedicada à família.
Cedo, o garoto Francisco aprendeu do pai a arte do comércio que manejava com inteligência e proveito. Mas era um jovem alegre, amante da música e das festas e, com muito dinheiro para gastar, tornou-se rapidamente um ídolo entre seus companheiros. Adorava banquetes, noitadas de diversão e cantar serenatas para as belas damas de sua cidade. Enfim, Francisco era o líder da juventude de sua cidade.
O louco de Assis
De alguns recebia apoio e incentivo. De muitos, o desprezo e a
zombaria. No entender da maioria, o filho de Pedro Bernardone havia
perdido completamente o juízo! E não só a garotada da cidade escarnecia
dele, chamando-o de louco e outros qualificativos menos nobres.
Mais de uma vez sentiu-se tentado a voltar atrás, quando chegava à
porta de seus antigos amigos; mas saía vitorioso nessas lutas entre o
orgulho humano e o próprio ideal. Já alguns começaram a reconhecer nele
traços do futuro santo, embora ele mesmo ainda não conhecesse claramente
sua vocação.Estava já terminando a restauração da última Igrejinha da redondeza, a capelinha de Santa Maria dos Anjos (na foto abaixo) e perguntava-se o que faria depois. O que mais lhe pediria Deus? Não havia entendido ainda que a Igreja que devia restaurar não era a de pedra, mas a própria Igreja de Cristo, enfraquecida na época pelas divisões, heresias e pelo apego de seus líderes às riquezas e ao poder. Devia ser aquele o ano de 1209.
Certo dia, Francisco escutou, durante a missa, a leitura do Evangelho: tratava-se da passagem em que Cristo instruía seus Apóstolos sobre o modo de ir pelo mundo, “sem túnicas, sem bastão, sem sandálias, sem provisões, sem dinheiro no bolso …” (Lc 9,3).
Tais palavras encontraram eco em seu coração e foram para ele como intensa luz. E exclamou, cheio de alegria: “É isso precisamente o que eu quero! É isso que desejo de todo o coração!” E sem demora começou a viver, como o faria em toda a sua vida, a pura letra do Evangelho. Repetia sempre para si e, mais tarde, também para seus companheiros: “Nossa regra de vida é viver o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo”!
O primeiro sacerdote fransicano
O exemplo de Bernardo produziu frutos. O primeiro é o sacerdote Silvestre, que exclamou comovido: “Como posso eu, sacerdote e velho, ser menos generoso que estes jovens e ricos?” E, sem mais, lançou-se com eles na aventura de viver o Evangelho. Tornou-se, assim, o primeiro sacerdote da Ordem Franciscana!
Prontamente aderiram outros: Gil, um modesto lavrador que se tornaria um grande santo; Morico, dedicado ao serviço dos leprosos; Bárbaro, futuro missionário no Oriente; Sabatino, Bernardo de Viridiante, João de Constança, Ângelo, da ilustre família dos Tancredo, aparentado com reis e príncipes; Felipe, grande pregador; e muitos outros…Juntos, formaram um grupo de mendigos voluntários (daí o adjetivo de Ordem Mendicante dado à Ordem Francicana), que trabalhavam e rezavam, cantavam e pregavam, maravilhando o povo com a novidade do Evangelho sendo vivido diante de seus próprios olhos. Algumas choupanas cobertas de folhagem, no pitoresco vale do Rivotorto, serviam-lhes de modesto abrigo.
Oração de São Francisco de Assis
A Oração da Paz, também denominada de Oração de São Francisco, é uma oração de origem anônima que costuma ser atribuída popularmente a São Francisco de Assis. Foi escrita no início do século XX, tendo aparecido inicialmente em 1912 num boletim espiritual em Paris, França.Em 1916 foi impressa em Roma numa folha, em que num verso estava a oração e no outro verso da folha foi impressa uma estampa de São Francisco. Por esta associação e pelo fato de que o texto reflete muito bem o franciscanismo, esta oração começou a ser divulgada como se fosse de autoria do próprio santo.
No Brasil mais antiga versão conhecida desta oração é publicada em Anais da Câmara dos Deputados do Brasil em 1957
“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.”
Para ter ainda mais proteção deste santo tão popular, tenha uma imagem dele em sua casa e dedique alguns momentos do seu dia refletindo sobre suas ações. A oração de São Francisco de Assis possui sua essência: o altruísmo. Ao emanar o bem para os outros e para o universo, recebemos de volta energia positiva, vibrações especiais e assim conseguimos conquistar nossos objetivos e viver de maneira equilibrada, tendo como o centro de nossas vidas aquele sentimento que tudo pode: o amor. Procure colocar um toque dele em tudo o que você fizer, e perceba que os resultados serão mais positivos para você e para todos que a rodeiam. Experimente este sentimento maravilhoso e veja mudanças reais acontecerem na sua frente!
Sr. Francis - THE FOOL - Robert Place Tarot
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar esta postagem!
Ela será lida e publicada assim que possível.
Fraternalmente.