Esta é uma expressão em latim muito utilizada pelos antigos alquimistas, e significa: “Visita o Centro da Terra, Retificando-te, encontrarás a Pedra Oculta (ou Filosofal)”.
Devemos sempre lembrar que a linguagem
dos alquimistas é simbólica, então este “Centro da Terra” é o nosso
próprio centro, nosso interior, nosso inconsciente. Ao olharmos para
dentro, conseguimos nos “retificar”, ou purificar, para então encontrar a
Pedra Filosofal, ou nosso Verdadeiro Ser. A essência da nossa Alma.
"Quem olha para fora, sonha;
quem olha para dentro, desperta!"
Carl Jung
Jung foi um grande conhecedor da mente
humana, e foi também um grande estudioso da Alquimia. Com esta frase ele
nos deixa claro a importância de tomarmos contato com o que está no
nosso interior, no nosso inconsciente, e uma das formas para fazermos
isso é justamente com a utilização do Tarot.
O Tarot é um conjunto de 78 cartas, ou
Arcanos (Arcanum = mistérios), sendo 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos
Menores. A verdadeira origem do Tarot é incerta, mas muitos ocultistas
fazem uma ligação a Kabbalah, e esta ligação faz muito sentido para mim.
A Kabbalah é baseada na Torá, e podemos ver que Tarot ao contrário nos
traz justamente esta palavra. Outros indícios que nos remetem à isso são
outras relações, como o fato de termos 22 Arcanos e 22 Letras
Hebraicas.
Independente de sua origem, o Tarot traz
um poder incrível de nos revelar o nosso inconsciente. O próprio Jung
gostava muito do Tarot:
"O Tarô é um dos espelhos do pensamento inconsciente. Cada uma de suas cartas tem por base uma importante imagem arquetípica cujo significado nem sempre é claro para o homem moderno, que jogou fora seus mitos ao querer interpretá-los literalmente. Os arquétipos não são literais, são mensagens do inconsciente. Cada uma das cartas do Tarô é uma mensagem da mente universal. Mas, como nossa mente inconsciente está divorciada do consciente – a mente literal – e costuma ser por ele ignorada, essa mensagem se perde. As explanações arquetípicas do Tarô, feitas por Sallie Nichols, fazem com que as imagens e, muitas vezes, as respostas às perguntas mais profundas venham à tona. Aluna de Jung no Instituto de Zurique, a autora analisa as cartas do Tarô de Marselha como uma representação das diferentes etapas da jornada do indivíduo e sua relação com os arquétipos e o inconsciente coletivo."
Temos então uma ferramenta que nos permite trazer o inconsciente à tona,
e sabemos que existe grande riqueza de informações no nosso
inconsciente. A imagem abaixo nos traz uma representação da comparação
entre consciente e inconsciente:
A premissa principal é a de que o poder está em você, e eu devo atuar
apenas como um facilitador para que você acesse todo o seu poder
interno, e o Tarot então se torna uma ferramenta de grande ajuda para
isso. A ideia principal é trazer informações, para que você possa tomar
as suas decisões e escolher o seu caminho.
Em hipótese alguma o Tarot
pode “decidir por você”.
Fraternalmente
Paz e Luz!
FONTE: Jung e o Tarô
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